A luta pela não-violência, não-discriminação e respeito, que são a luta pela cidadania, está se ampliando no Brasil. Várias manifestações públicas têm sido realizadas país afora. No próximo dia 22 mais uma ocorrerá, a 15ª Parada do Orgulho GLBT de BH, a partir das 10 horas da manhã com concentração na Praça da Estação. É a maior manifestação de afirmação de direitos de Minas Gerais, levando dezenas de milhares de pessoas às ruas.
Inúmeros segmentos do movimento social têm realizado passeatas e atos públicos, comunicando suas próprias especificidades, suas bandeiras e reivindicações. Já são todos conhecidos e têm seus espaços delimitados, mas ainda se manifestam de forma isolada uns dos outros. Atos públicos pela liberdade religiosa, contra a violência contra as mulheres, contra a pedofilia, da luta antimanicomial, pelo respeito aos deficientes físicos, contra a corrupção e muitas outras são realizadas em inúmeras cidades brasileiras.
Se isso foi, e é, importante para se afirmarem e suas lutas, é possível e necessário hoje que se unam numa manifestação conjunta. Até porque, a manutenção apenas dos movimentos específicos, pulverizados, não integrados em manifestação e comunhão dos interesses sociais, interessa muito a certos setores políticos e econômicos, conservadores e reacionários. O povo unido é muito perigoso.
Em entrevista a este blogueiro, Carlos Magno, coordenador da CELLOS (Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais), entidade que organiza a Parada, lembrou que a entidade incentiva seu público a participar e levar solidariedade às demais manifestações sociais.
Em conversas recentes que tive com representantes e membros de segmentos do movimento social em BH, todos concordaram sobre a importância da participação unificada, em ampla manifestação por respeito, não-discriminação e não-violência. Apresentada a ideia de promover essa integração no dia 22 na Parada do Orgulho LGBT, todos concordaram. Há tempo para os diversos segmentos se prepararem, por exemplo confeccionando faixas e cartazes de suas lutas específicas também com inscrições associadas à luta contra a homofobia, que seria o carro chefe do dia.
Afinal, democracia é a prevalência das diferenças, com essas diferenças gerando e não destruindo vidas, não é assim? Então nada como reunir as diferenças e celebrar a vida e o respeito. Por quê não aproveitar a ocasião? Abaixo, a programação da 'VIII Semana BH Sem Homofobia'.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário