quinta-feira, 13 de setembro de 2012

DEMIURGOS NÃO MORREM - BAIANDEIRA ESTÁ VIVO!



Li hoje sobre o falecimento de um amigo, sonhador, poeta e músico maravilhoso que colheu com profundidade a generosidade da vida. Nilton Baiandeira era isso e muito mais, mas a palavra limita a expressão do sentimento, E Niltinho era sentimento. Fez novo ivrit, nova passagem, mas espalhou por aqui referências várias para nós que pudemos conviver com ele e para outras gerações mais novas. Baiandeira foi um hino de amor à vida, às pessoas, ao respeito e à delicadeza, à arte e à cultura. Reproduzo abaixo pequeno texto que publiquei sobre ele no jornal Mosaico, na edição de novembro/dezembro de 2000:

Necessidade

"Nilton Baiandeira, um itabirano dos que mais conhecem Itabira, creio, não é apenas para Itabira. Baiandeira transcende os limites da cidade e só não o fez ainda, fisicamente, sabe-se lá porque. Ou talvez ele saiba e não nos permita essa revelação. Direitos de poeta. Há quem teime em tentar denegrir Nilton Baiandeira, à socapa. Na falta do que pensar, pensam nele, rendendo-lhe culto, ainda que raivosamente e sem solicitação sua. Baiandeira é um demiurgo entre a palavra e a gente aqui. A palavra, com ele tornada poesia e alcance lapidar do mundo. E isso é muito bom."  

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