O recado popular |
A variação das mensagens expostas nos cartazes exibidos nas
manifestações é enorme, a diversidade social e das reivindicações é grande. Porém,
está claro que em sua maioria elas e o sentimento popular prevalecente exigem
respeito para com os interesses da população.
Isso e inumeráveis conversas com manifestantes os mais
variados em Belo Horizonte, deixaram claro, para mim, que todos exigem
‘CONTROLE PÚBLICO DO ORÇAMENTO’, nas diferentes esferas administrativas, como a
forma mais eficaz de combate à corrupção.
Além de outras, uma forma de se obter isso é através de
experiências como a do ORÇAMENTO PARTICIPATIVO (OP) PRESENCIAL, associando-a
aos recursos da internet, nos bairros e regiões, nas cidades brasileiras.
Esperança e convicção |
A população participando efetivamente e decidindo como e em que gastar o dinheiro
público. Com transparência real. Para garantir as melhores obras e serviços
públicos pelos menores custos possíveis. E há nesse processo formas de
controlar também as licitações públicas para essas obras e serviços.
Ficou claro para mim que todos querem isso como “política de
estado”, e não de um ou outro governo ou partido apenas. Jovens manifestantes
informados de como funciona, aderiram de imediato à ideia. Pessoas mais idosas,
que já vivenciaram a experiência disseram-se imediatamente favoráveis. É assimilável facilmente, e também
claramente pode ser praticada em todo o país.
Sendo “política de estado”, independentemente do partido que
governe qualquer cidade, o CONTROLE PÚBLICO DO ORÇAMENTO estará pautando a
administração e se refletirá nas diversas áreas, como Saúde, Educação,
Segurança, Moradia, etc. E formas de controle, além dos municípios, valem também para os estados e
União.
Está tramitando no Congresso o projeto-de-Lei 21/2011, de autoria do deputado federal Delegado Protógenes Queiroz, que, entre mais, transforma o crime de corrupção no país em hediondo. Sua discussão pública pode vir de encontro aos anseios das manifestações. VEJA AQUI, E VOTE NA ENQUETE.
Descontentamento gritante em relação a parcelas da mídia
brasileira também estão evidentes nas manifestações, com acusações de manipulação de
informações, dando a entender que vastos setores da população não toleram mais
modelos assim.
Com o CONTROLE PÚBLICO DO ORÇAMENTO, também o “orçamento
publicitário’ dos governos municipais, estaduais e federal poderia ter
participação popular definindo-o e como e onde seria aplicado, em quais mídias
ou em quais perspectivas midiáticas.
Seria algo como o ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DA COMUNICAÇÃO, nada a ver com censura. Isso possibilitaria que muitas mídias - hoje sem incentivo - de qualidade
e comprometidas com os interesses da população, das cidades à Federação, também
seriam contempladas.
Finalizando, é sempre bom lembrar que a Constituição
brasileira define nossa democracia como representativa e PARTICIPATIVA. Assim,
não basta apenas eleger representantes e não acompanhar seu trabalho.
Parece que essa certeza está surgindo forte, e que a população
exige participar ativamente de outras formas nas decisões de como gerir o
dinheiro e os interesses públicos. Afinal, ‘o preço da liberdade é a eterna
vigilância’. Pelo menos enquanto todos nós, humanos, não tivermos ‘bom
coração’.
Enquete sobre o PL 21/2011 |
2 comentários:
http://www.avaaz.org/en/petition/Criacao_de_sistema_centralizado_de_tranparencia/?copy
sistema de transparência
http://www.avaaz.org/en/petition/Criacao_de_sistema_centralizado_de_tranparencia/?copy
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