Foto: Arquidiocese de Belo Horizonte |
Na sexta-feira 25/4 o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, reuniu a imprensa mineira onde está sendo construída a catedral Cristo Rei, no bairro Juliana, na região norte da capital, e apresentou o projeto Praça das Famílias, discorrendo sobre ele diante de uma maquete. A praça conterá o nome de famílias que ajudarem financeiramente na construção da catedral, gravado em contas de um terço que será composto no piso, numa área de 17 mil metros quadrados. Na ocasião homenageou operários que estão trabalhando na obra. O projeto arquitetônico é assinado por Oscar Niemeyer.
Respondeu a várias perguntas, inclusive sobre a representação que a catedral poderá ter diante dos binômios 'fé e política' e 'fé e questões sociais'. Esclareceu que "o espaço será um lugar de fé, cultura, arte, ação social, feiras e outros eventos em prol da justiça e da solidariedade", e que será para Minas Gerais o que o Cristo Redentor representa para o Rio de Janeiro.
Após a entrevista coletiva e receber cumprimentos por seu aniversário naquele dia, o arcebispo e este blogueiro conversaram sobre o projeto de lei 21/11, PL 21, de autoria do deputado federal Protógenes Queiroz, que eleva penas para os crimes de desvio de dinheiro público e peculato para 12 a 30 anos, além de obrigar o judiciário a julgar com prioridade os processos relativos a esses crimes. Na conversa foi citada a necessidade de aprovação do projeto e lembrada a criação da 'Frente Nacional pela Aprovação do PL 21' em 2011, contando inclusive com a participação da Arquidiocese de Belo Horizonte. Foram passadas ao arcebispo matérias publicadas por este blog sobre o PL 21 e o movimento hoje por sua aprovação.
Sua discussão e aprovação, vão de encontro à necessária reforma do judiciário e estimulam também o debate sobre como o financiamento privado de campanhas - que é feito principalmente através de empresas - influencia no resultado eleitoral e origina em vastíssima medida atos de desvio de dinheiro público, como forma de pagamento. Segundo o TRE-MG mais de 70% do financiamento de campanhas são patrocinados por empresas, chegando até a 100%.
Para exercer maior controle sobre as possibilidades de desvio de dinheiro público e aumentar a apropriação por parte da população de sua própria realidade nada como o controle público do orçamento, em todos os níveis. E não apenas através de mecanismos na internet, mas também por outras formas, inclusive presencialmente, como já ocorreu nas práticas de Orçamento Participativo onde foi implantado.
Entre outras instituições, a Frente tem também a participação da AJOSP (Associação dos Jornalistas do Serviço Público), que foi presidida pelo jornalista Cláudio Vilaça, falecido em 2012, Jornal Mosaico, OAB-MG, Orgapol, AMAGIS (Associação dos Magistrados Mineiros), SJPMG (Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais), AFFEMG (Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais), Sinpro (Sindicato dos Professores de Minas Gerais) e ASEM (Associação dos Servidores do estado de Minas Gerais).
Imagem da Catedral Cristo Rei - Arquivo Arquidiocese de Belo Horizonte |