O lendário militante político mineiro, das causas sociais e defensor das vilas e favelas Vicente Gonçalves, o Vicentão, hoje com 83 anos e ainda atuante, é um forte apoiador da campanha da presidenta Dilma Roussef à reeleição. Na luta social desde 1944, foi perseguido e preso pela ditadura, além de ter sido preso mais de 40 vezes defendendo as favelas e seus moradores. É hoje presidente da Associação dos Perseguidos Políticos do Brasil (Asperpb). Quando do golpe militar em 64, seu nome figurava na cabeça da lista mineira para ser eliminado.
Em 1952 criou a Federação dos trabalhadores favelados de Belo Horizonte, juntamente com o professor Edgard da Mata Machado e outros. Em 1962 foi um dos principais nomes na criação da UTP – União dos Trabalhadores da Periferia -, quando promoveu a ocupação da região da Cabana Pai Tomás, Vista Alegre, João XXIII e mais, além de inúmeras outras atividades desenvolvidas. Já na década de 70, foi o principal articulador do projeto que resultou no Pró-favela, aprovado mais tarde pelo governador Hélio Garcia.
Gosta de lembrar inclusive que fez constar no programa que os títulos de propriedade das casas fossem passados em nome das mulheres, “mais responsáveis que os homens”, fala rindo. Isso, mais tarde, foi repetido em outros programas sociais até nacionais. Na criação do PT, foi fundamental sua participação, levando moradores da periferia, de vilas e favelas para reforçar a luta política no partido que surgia.
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