quinta-feira, 23 de maio de 2013

CASO PADRE MÁRCIO: UM ASSASSINATO DE REPUTAÇÃO ESCLARECIDO, MAS AINDA FALTAM EXPLICAÇÕES.

Foto de capa da edição de junho de 2010 do jornal Mosaico
No próximo dia 25 completam-se 3 anos que o padre Márcio Soares, de Itabira, teve seu nome amplamente exposto na mídia nacional acusado de ter abusado sexualmente de um garoto de 11 anos, portador de distúrbios de ordem emocional.

No dia seguinte, ao tomar conhecimento, fizemos sua defesa neste blog, afirmando sua inocência. O caso específico foi um assassinato de reputação que partiu de um órgão filiado ao PIT-BULL (Partido da Imprensa Troglodita - Base Unida Lerda e 'Loque') da "mídia" itabirana, e se deu por questões políticas e ações da igreja católica em relação a elas.

Além do padre, e de alguma forma até mais que ao padre, a selvageria praticada atingiu violentamente a criança, moradora da periferia e muito mais vulnerável, exposta cruelmente no município.

Logo a seguir, também na edição de junho do jornal Mosaico, que teve ampla distribuição nacional, a questão foi tratada, na qual foi feita ainda a defesa de um pastor evangélico itabirano também vilipendiado com acusação semelhante pelo mesmo setor da "mídia" local, e igualmente inocente. (CLIQUE AQUI PARA LER A EDIÇÃO

O caso do padre Márcio Soares, submetido à investigação da Polícia Civil, teve seu resultado divulgado oficialmente em dezembro passado, mais de dois anos depois, atestando sua inocência. Recebemos através de sua assessoria nota sobre a conclusão policial. 

Porém, paira certa nebulosidade, que exige esclarecimento. Na nota, afirma-se que foi aplicada pena a alguém: "Fica esclarecido que nenhuma acusação pesa sobre Padre Márcio. Sua inocência está comprovada. Todavia, nos é vedado detalhar os fatos e procedimentos ocorridos durante a investigação, visto que sobre o inquérito pesa o segredo de justiça.
Contudo, podemos afirmar com certeza que se fez justiça e, apuradas as responsabilidades, a pena foi aplicada a quem de direito".    

Está vago isso: "pena aplicada a quem de direito". Inicialmente já ficam algumas questões. Se foi feita justiça e apuradas as responsabilidades com pena aplicada há alguém que a recebeu. Quem recebeu a condenação foi quem noticiou contra o padre? Ou foi alguém que teria abusado da criança? O 'segredo de justiça' seria, neste caso, para proteger o agressor da criança? A comunidade não tem direito à informação correta e sem a violência praticada anteriormente? Respostas são ou não necessárias? E fica aqui um alerta contra os assassinatos de reputação. Uma sociedade efetivamente democrática não pode admitir isso.


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