Foto de capa da edição de junho de 2010 do jornal Mosaico |
No dia seguinte, ao tomar conhecimento, fizemos sua defesa neste blog, afirmando sua inocência. O caso específico foi um assassinato de reputação que partiu de um órgão filiado ao PIT-BULL (Partido da Imprensa Troglodita - Base Unida Lerda e 'Loque') da "mídia" itabirana, e se deu por questões políticas e ações da igreja católica em relação a elas.
Além do padre, e de alguma forma até mais que ao padre, a selvageria praticada atingiu violentamente a criança, moradora da periferia e muito mais vulnerável, exposta cruelmente no município.
Logo a seguir, também na edição de junho do jornal Mosaico, que teve ampla distribuição nacional, a questão foi tratada, na qual foi feita ainda a defesa de um pastor evangélico itabirano também vilipendiado com acusação semelhante pelo mesmo setor da "mídia" local, e igualmente inocente. (CLIQUE AQUI PARA LER A EDIÇÃO)
O caso do padre Márcio Soares, submetido à investigação da Polícia Civil, teve seu resultado divulgado oficialmente em dezembro passado, mais de dois anos depois, atestando sua inocência. Recebemos através de sua assessoria nota sobre a conclusão policial.
Porém, paira certa nebulosidade, que exige esclarecimento. Na nota, afirma-se que foi aplicada pena a alguém: "Fica esclarecido que nenhuma acusação pesa sobre Padre Márcio. Sua inocência está comprovada. Todavia, nos é vedado detalhar os fatos e procedimentos ocorridos durante a investigação, visto que sobre o inquérito pesa o segredo de justiça.
Contudo, podemos afirmar com certeza que se fez justiça e, apuradas as responsabilidades, a pena foi aplicada a quem de direito".
Está vago isso: "pena aplicada a quem de direito". Inicialmente já ficam algumas questões. Se foi feita justiça e apuradas as responsabilidades com pena aplicada há alguém que a recebeu. Quem recebeu a condenação foi quem noticiou contra o padre? Ou foi alguém que teria abusado da criança? O 'segredo de justiça' seria, neste caso, para proteger o agressor da criança? A comunidade não tem direito à informação correta e sem a violência praticada anteriormente? Respostas são ou não necessárias? E fica aqui um alerta contra os assassinatos de reputação. Uma sociedade efetivamente democrática não pode admitir isso.
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