quarta-feira, 5 de junho de 2013

AÉCIO NEVES: PRÉ-CANDIDATO À PRESIDÊNCIA OU AO GOVERNO MINEIRO?



Uma questão de opinião, que já manifestei nas redes sociais: Aécio Neves não será candidato à presidência da República, deverá sair candidato ao governo mineiro. Em Minas Gerais, o segundo estado mais populoso do país, com o terceiro PIB, o PT nunca venceu uma eleição majoritária - para o Senado ou governo -, e tem agora uma chance real, inequívoca, que os militantes petistas locais não desejarão jogar fora. Pelo menos do ponto de vista lógico para um partido que está na disputa com seu potencial candidato muito bem colocado.

Pesquisa publicada pela mídia mineira aponta o ministro e ex-prefeito Fernando Pimentel muito à frente de nomes como o do vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), do presidente da Assembléia Legislativa, Diniz Pinheiro (PSDB), do presidente do PSDB estadual, Marcos Pestana, e outros.

Outra, recente, do instituto Vox Populi, mostra uma distância mastodôntica entre Dilma e Aécio, com vitória da presidenta em primeiro turno. Isso equivale a dizer, entre outras leituras possíveis, que o ex-governador mineiro não tem hoje expressiva densidade eleitoral numa perspectiva nacional, que seu peso é circunscrito ao estado. Correligionários esperam que isso se altere com sua escolha para a presidência nacional do PSDB, possibilitando-lhe maior visibilidade. Porém, isso por si só não basta.

Parece-me claro com os nomes até agora colocados em Minas, que o do possível candidato petista Fernando Pimentel tem o caminho livre para crescer ainda mais e, se confirmado, possibilitar ao PT mineiro um fato histórico, sua primeira vitória, e que pode vir a ser acachapante, incluindo aí o apoio do PMDB, para o executivo estadual.

Há quem argumente que PSDB e PSB poderiam participar de uma frente nacional para disputar contra Dilma, e que nessa hipótese os nomes de Aécio e o do governador pernambucano Eduardo Campos poderiam compor uma chapa. De quebra, o prefeito belorizontino Márcio Lacerda (PSB) poderia sair candidato ao governo estadual. Mas quem seria a cabeça na disputa nacional? Aécio, sem peso político no nordeste, e não só lá? E o peso de Lula nos nove estados nordestinos, principalmente em seu estado natal, Pernambuco, não conta? Ou a cabeça de chapa seria Eduardo Campos?

E Marina Silva, melhor colocada que Aécio, como ficaria aí? O prefeito Márcio Lacerda correria o risco de disputar e ficar até sem a prefeitura de BH? E em ano de copa mundial com todo o investimento que isso acarreta?

Em Minas o PSDB correria o risco de entregar 'de bandeja' o governo ao PT? Parece-me que, mesmo se preparando para uma disputa nacional, uma grande preocupação dos tucanos, talvez a maior, é manter os 8 estados que já governam, que totalizam mais da metade do PIB nacional. Para falar apenas de Minas e São Paulo, o PIB dos dois somado é quase metade do nacional. E o PT, que já comanda a capital paulista, quer o governo estadual lá, e vai investir pesado na disputa.

Parece-me claro que o partido, em Minas, só teria o nome do senador Aécio Neves para concorrer com o candidato petista, e a pesquisa divulgada pela mídia mineira mostrou isso, mesmo não tendo colocado os nomes dos dois em disputa. Mas evidenciou separadamente, em espontânea, que Aécio, hoje, lidera. Resta saber se o PSDB entregaria ao PT essa galinha dos ovos de ouro que é Minas, em troca de uma nada provável chance nacional.  


2 comentários:

HumbertoVieira disse...

Isso que é viajar na Maionese. Até o Marcio Lacerda vence o Pimentel..

Anônimo disse...

Isso que é viajar na maionese. Pimentel é tão fraco que o Marcio Lacerda vence ele somente com o apoio do PSB.