O Ministério Público e a gravação

A ex-promotora eleitoral de Itabira, Nidiane Andrade

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Inúmeras pessoas em Itabira têm indagado a este blogueiro se o Ministério Público (MP) na cidade vai tomar alguma medida em relação à gravação da conversa entre o radialista Jota Santos e o ex-ouvidor da prefeitura Toninho Mota, que aponta para valores ilegais usados na campanha de Izael à prefeitura, em 2008, no mínimo, e foi publicada por este blog.

Respondemos sempre que não sabemos, a pergunta deveria ser dirigida aos próprios representantes do MP em Itabira. Ou até a instâncias superiores. O Ministério Público pode agir provocado por qualquer cidadão. Ou por iniciativa própria, que não se esqueça.

Durante a campanha, João Izael - o corrupto prefeito 'Jonjones Pegagrana', conforme o associou sua própria coligação em processo contra o jornal Mosaico - contou descarada mentira à população no horário eleitoral - rádio e TV -, que é concedido pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Apresentou, durante uma semana, uma certidão da Justiça Federal de Governador Valadares, que dizia que ele não constava em um processo específico, e afirmou que lhe havia sido fornecida pela Polícia (Republicana) Federal e que o isentava e a seu governo de fraude com verba do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).

O Mosaico entrevistou a delegada federal que esteve em Itabira durante a Operação João de barro e ela jogou por terra as deslavadas mentiras de Izael, nas quais ele envolveu a Polícia Federal e a Justiça Federal. Foi crime eleitoral. E o que a então promotora eleitoral da comarca, Nidiane Andrade, fez? O que a coligação de Damon/Banana fez? Alguém viu a coligação de Izael ser obrigada a desmentir suas falácias? Ou a coligação Damon/Banana fazer isso ou representar contra seu adversário? Além de ter saído no Mosaico, o desmentido em rádio e TV provocaria o desastre total na campanha do prefeito pinóquio.

Portanto, para quem quer saber, não ajuda em nada perguntar a este blogueiro o que o Ministério Público fará. Não saberemos dizer. Só o próprio MP poderá responder. E se o Ministério Público nada fizer, provocado ou não por algum cidadão, o caso poderá se tornar mais um mistério público itabirano. Só isso, senhor cidadão.