quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Um alerta com precedentes


Um comentário de leitor postado na matéria "O Ministério Público e a gravação" faz um alerta, dizendo que tem uma turma em Itabira especializada em plantar provas (drogas, fotos, etc...). E termina: "Ponha sua barba de molho".

Isso é preocupante em relação ao direito que a população tem de obter informação de qualidade, em relação ao direito social à informação. Só mesmo pessoas obscurantistas, que têm o rabo preso, que possam ter se refestelado com dinheiro público subtraído da Saúde Pública, da Educação, de investimentos em infra estrutura, obras, serviços sociais ou 'culpa no cartório' pensariam em cometer ações assim.

E em Itabira isso já ocorreu. Por exemplo em 2001, contra o jornal Mosaico, que fazia a crítica do governo Ronaldo Magalhães, fundamentada em documentos e nunca contestado. Em setembro daquele ano, circulou na cidade uma edição falsificada do jornal, distribuída durante a madrugada, em pacotes deixados às portas de locais públicos.

Foi uma forma inteiramente diferente da distribuição do Mosaico, que é sempre feita durante o dia, de casa em casa, de loja em loja e para as pessoas nas ruas. A falseta agrediu inúmeras pessoas. O Mosaico fez uma representação junto ao Ministério Público solicitando apuração do caso, até hoje sem resposta.

Às 3:01 horas da manhã da mesma madrugada, o sítio chapa branca DeFatoonline postou matéria assinada por seu editor, José Sana, informando até onde poderiam ser encontrados exemplares do "jornal". Informou com uma antecedência de pelo menos 5 horas. Deve ser pai-de-santo clarividente. Na edição autêntica do mesmo mês, o Mosaico publicou um poema sobre o caso, o 'Poemeto da Falsificação', aqui reproduzido.

Pode até ser que alguém fique incomodado com este blog e tente algo. Afinal, após o Mosaico ter denunciado a aquisição de um único computador pela prefeitura de Itabira por R$ 223 mil, e provado documentalmente, o prefeito João Izael processou o jornal e obteve de um juiz de belo Horizonte censura ao jornal. No processo, Izael não apresentou um único documento contestando a denúncia, como uma simples nota fiscal. Mas, o Mosaico é hoje o único jornal brasileiro proibido de publicar charges, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. Abaixo, o 'Poemeto da falsificação':

Insana mente
criou, de fato
como um demente
estranho ato
.
um claro ato
de um fascista
um terrorista
criou, de fato
.
insanamente
pois é, de fato
que em sana mente
não flui tal ato
.
falsificar
não é tão bom
é macular
o que é o tom




3 comentários:

Anônimo disse...

Larry Flint contra Batira......
Luiz Mosaico contra a picaretagem batirense.....

Anônimo disse...

Ironicamente, o editor da revista DEFATO e do sitio DEFATOONLINE, vem publicando matérias sucessivas alusivas à como acabar com a corrupção (Plano Funil). Ou ele é sinico ao extremo, aproximando da psicopatia ou ele está verdadeiramente gagá.
Pois, todo mundo sabe que há anos ele veem usufluindo do poder público através de suas empresas. Todo mundo sabe que publica matérias enviadas pela assessoria do governo... Ou seja:
- Acabem com a corrupção, mas não me tirem a boquinha!

Anônimo disse...

É isso mesmo. Zé Sana, o chapa branca total. Acabem com a corrupção, mas não me tirem a boquinha. Muito bem dito.